segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

as palavras que emergem da sua pele me comovem. emergem, dizendo-se baixinho, desfalecendo, gritando seu desaparecimento. eu sinto dor, sinto vontade de chorar, de te cantar uma música triste que faça a gente morrer juntinho, na mesma intensidade, morrer de uma dor que torce o peito até destruir a si mesma e morrer da morte que ela mesma provocou na gente. eu e você morrendo na mesma dor, no mesmo compadecimento de dividir o mundo, de caminhar em tanto chão em tanto chão em tanto mar. Olha e Vê: não há mais nada que nos impeça, nada que nos salve. isso não te desespera? não te desespera o anúncio de que o que virá depois de nós é coisa nenhuma. a mim, arrefece-me saber que podemos ir até onde, e que iremos caso nada nem ninguém nos pare. é preciso que algo nos detenha, ISSO NÃO PODE CONTINUAR ASSIM. no entanto, eu mesma não quero sobreviver a nós.