confessionária IV
Desde que te perdi, não sei desde quando passei a me tornar você. Ao me tornar o objeto do meu desejo, da minha crítica, do meu escárnio, não sou menos nem mais - apenas experimento ser a mim mesma em outra(s) versão(ões)/ ou ser a sua versão de si e não a minha/ ou a minha versão sobre você, mais esforçada em lhe compreender. Sou vidas inconciliáveis numa só, sem o conflito e a dor de antes. Tenho me resolvido assim: acumulando e reproduzindo o que não posso ter nem ser, e sendo.