você vem a mim porque eu vejo a verdade das coisas. e as pessoas que veem a verdade assim é como se compartilhassem um segredo, como se fossem ligadas por um elo místico que os permite olhar para a coisa e ver a sua natureza revelada, e depois olharem-se uns aos outros sabendo-se terem chegado àquele entendimento.
mas o que eu quero é o delírio, a alucinação. não quero ver tanta verdade no que vejo. quero vendas e fumaça, poder fingir que ignoro tudo e que sou mais descansada dessa estúpida lucidez.
eu chego à verdade, mas não é a ela que busco. as verdades a que chego, eu quero transpor.
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