quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

parece dezembro, parece frio e não há mais cigarros. nem aqui em casa nem no bares nas bancas de jornais nas padarias. não há mais fome. e, se formos mais além, também não haverá mais cuidado nem zelo. somente o desmedido.
é dezembro, é frio. não há mais tristeza, não há caminhões nas ruas, não há ruas que te levem a outro lugar. logo não haverá rancor. mas sentirei falta de teus dentes, de algumas palavras, do gosto vivo do café. logo perderemos os guarda-chuvas, logo seremos ateus, logo-logo nos esqueceremos para não crermos no quanto fomos.

3 comentários:

Clóvis Struchel disse...
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Clóvis Struchel disse...

Belo, Samia.
Denso, cinza, silêncio que impera, logo um ruído, talvez um sussurro, um volte em breve, mas nada além de delírio.

Lindo!

Meu beijo.

Luiz Vieira disse...

senti medo. sinto agora. quero o caos, a vida. quero crer.

creio em você, samia.