e quando mais me dóis, silencio, deixo as palavras guardadas nos bolsos, nas gavetas, no esôfago. não digo essa dor, porque não sei dizê-la, porque não sei expor, ou porque talvez tudo já tenha sido dito. apenas silencio, deixo que me doas.
(e não é à toa que doer é verbo defectivo)
2 comentários:
deixa o silêncio gritar e gemer em sua vacuidade, em uma profusão de pensamentos inócuos, em agonia insípida e impalpável.
sairá então o canto suave.
Talvez isso não costume ser dito, mas é através do próprio que silêncio que a sua dor se manifesta. A dor contida, a dor retida sendo cultivada...um doce sofrimento que as vezes deveria ser simplesmente vomitado.
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