segunda-feira, 16 de julho de 2007

Eram necessários outros parâmetros para avaliar o decorrer de Caio e Ana. Ela retida no movimento que ele fazia com os ombros enquanto lhe negava o colo. Eram outras as razões que moviam Caio e Ana no decorrer das histórias. Ela privou-lhe do beijo de sangue. "Não te detenhas em mim" , não por tanto tempo, dizia Caio, querendo dizer não se sabia o quê. "Caio, faz calar o mundo lá fora para continuarmos sendo a nós." Fechava a janela para enganar-se do frio. Tomava-lhe a cabeça no peito. Procurava quase não se mover para que Caio permanecesse o tanto possível. Às vezes, era desconfortável abrigar o corpo de Caio inquilino, desalojado. Vezenquando, era tão incerto o corpo de Caio, posto que Ana não tinha medida do quanto ele lhe atingia.
Havia sido uma noite clara. E havia sido o fim.

Um comentário:

Aquela disse...

nítida luz que ele não vê, esse outro sentado a seu lado nasala levemente escurecida, onde os sons externos mal penetram, como se estivessem os dois presos numa bolha de ar, de tempo, de espaço...

caio

eu vou me embora pra você.